Apresentação aconteceu na categoria júnior da 7ª edição do Prêmio Onça Pintada
A coreografia Canoa, do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, recebeu a premiação de destaque em dança contemporânea do 7º Prêmio Onça Pintada, que aconteceu em Campo Grande, no início deste mês.
Responsável pela coreografia, o professor Wellington Julio afirma que ‘Canoa’ foi inspirada na importância que o Rio Paraguai tem para centenas de famílias. “Comecei a ver a importância do rio. A coreografia não foi pensada exatamente na construção de uma canoa, mas no significado que ela tem. Na coreografia, buscamos mostrar a força que a canoa tem e a representatividade dela para pessoas que convivem diariamente com pescadores ou em lugares que têm porto”, recorda sobre o processo criativo.
A apresentação aconteceu na categoria júnior, que reúne adolescentes de 12 a 15 anos. Para muitos alunos do Moinho Cultural, foi a primeira apresentação fora de casa. “Foi uma viagem muito mágica. A primeira vez que viajei na minha vida. Gostei muito, ainda mais por ser com a minha segunda família, que é o Moinho Cultural. Foi muito bom conhecer coisas novas e vou levar para minha vida para sempre”, afirma Luiz Ricardo, de 17 anos.
Para a aluna Bianca Silva Guedes, de 12 anos, a participação no prêmio trouxe experiência para o grupo. “Para mim, a experiência foi muito boa. É uma oportunidade e ganhamos experiência de palco como grupo em competição. Sou muito grata aos nossos professores e a todo mundo que ajudou”.
O reconhecimento, segundo o professor Wellington Julio, reforça que as crianças e adolescentes do elenco têm um lugar. “É o resultado de muito trabalho. Este ano foi bem difícil, doloroso, voltamos com as aulas presenciais só em agosto, mas conseguimos um resultado bem satisfatório. Isso mostra a eles que têm um lugar, mesmo sendo do interior. O elenco foi muito elogiado pelos jurados e também por outros coreógrafos”, finaliza.
O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano
Localizado em Corumbá-MS há 16 anos, o Instituto é uma OSC que oferta para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Corumbá, Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro, aulas de dança, música, tecnologia e informática; além de serviço de convivência e fortalecimento vínculo entre instituição, família, escola e participante, formação de intérpretes criadores para jovens e adultos, com a Companhia de Dança do Pantanal, Orquestra de Câmara do Pantanal e Núcleo de Tecnologia. Sua missão é diminuir a vulnerabilidade social na região de fronteira Brasil-Bolívia, por meio do acesso a bens culturais e tecnológicos.
Em 2020, o Moinho foi reconhecido pelo Instituto Doar com o Selo A, qualificando-se como organização certificada. Este reconhecimento legitima e destaca o profissionalismo e transparência da OSC, tendo como objetivo incentivar ainda mais a cultura de doação.
Atualmente, o Moinho Cultural conta com o patrocínio master via Lei de Incentivo Cultural do Instituto Cultural Vale, bem como, patrocínio do Itaú Social, Itaú Cultural, VISA, BTGPactual, BRINKS e Comper, a parceria da J.Macêdo e SESC, parceria institucional da Fundação de Cultural de Mato Grosso do Sul, Prefeitura de Corumbá, Prefeitura de Ladário, Prefeitura de Puerto Suárez, Prefeita de Puerto Quijarro, Instituto Homem Pantaneiro, IFMS, UFMS, Acaia Pantanal e outros doadores pessoa física e jurídica.
